Temperar a vida com uma experiência diferente é, sim, uma diferente experiência. Parece frase de doido e até é, mas nem tanto. Pretencioso, penso até ser possível que professoras de Português e redação como a Rose Prado e de Filosofia como a Maria Elisa Guimarães encontrem nestas e noutras tão minhas afirmações, algum tipo de coerência. Ou talvez não e acabem mesmo por me passar um atestado de insanidade literária (Insanidade intrínseca é também diagnosticável).
Mas enfim, a experiência diferente a que me quero referir acabou sendo muito mais diferente do que eu estava imaginando, se comparada a experiência diferente com certa similaridade vivida há já uns seis anos em longínquas longitudes: Resolvemos – mais especificamente em nome da verdade, a Nina resolveu – que gastássemos um dia de Natal sentados no “Coach Class” de um mighty A 380, cruzando de Singapura para Sidney. O voo, o atendimento irrepreensível de Air Stewardesses que eram modelos desfilando ao longo dos corredores, a magnifica refeição em bandejas decoradas com motivos da quadra, vinhos escolhidos. Priceless, inesquecível!
Eis-nos desta feita gastando o derradeiro dia de um ano e a entrada no primeiro dia do novo ano, cavalgando um acanhado (cortei as unhas dos pés como medida preventiva) CRJ700 superlotado, de Dallas-Fort Worth para Houston. Seguiu-se o loooongo voo até GIG prensados na ultima fila de incómodas “poltronas” (não sei o porquê dos brasileiros insistirem em chamar aquilo de poltronas), de um moderníssimo, novíssimo, ultra tecnológico B 787 a que chamam de “Dream Liner”. Eu passei a chamar-lhe de “Nightmare Liner”. O avião dos sonhos, definitivamente, só o é para os abastados que têm bala na agulha para adquirir passagem em Primeira Executiva.
Quanto ao atendimento, à refeição especialmente ruim para o evento, que incluiu, sem cobrança, um triste copo de plástico de um vinho mugido de dentro de um pacote semelhante ao dos sucos, falta de referência à entrada do Novo Ano, serviram para reforçarmos a nossa há muito formada opinião de que as Empresas Aéreas Norte Americanas merecem um troféu. Abstenho-me de dizer que troféu eu lhes atribuiria.
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