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Archive for Novembro, 2012

Diz-me…

Diz-me, ó vento passageiro
p’ronde vais com tanta pressa…
Decerto é  lugar bem maneiro,
d’alegria o tempo inteiro
e com felicidade à beça!

Diz-me rio caudaloso
p’ronde vais em corredeiras…
Decerto p’rum estuário gostoso
onde calmo e langoroso
te espraias em regaleiras!

Diz-me, meu EU tão lanceiro
P’ronde vais em tal trotar!…
Decerto que aventureiro,
enfrentas o risco inteiro
pro viver justificar

Diz-me, minh`alma aberta
qual é a trilha e a hora certa
pra parar e descansar,
Antes que seja o terreiro
que me acolha o corpo inteiro
p’r ad eternum repousar…

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Selva

 

 

Quem s’importa se se acorre

gritando “acudam! acudam!”?

Ninguém!  Ninguém socorre.

Um  coitado pr’ali morre

q’ajudar, não o ajudam…

 

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Shame!

 

Mais do mesmo movimento que não anda, porque desanda nesta bandalheira suja de barro lodoso por onde transito transido debaixo de chuva torrencial. Terra rica, dizem-na rica, mas rica ela não é. É pobre de carácter, de ufanismo cívico, de cidadania. Macaé terá malversado os recursos de ouro e agora é tarde, porque “aqueles” ricos royalties, nunca mais…

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Sonhos

“Todo en los hombres se ha hecho con sueños”, dizem os poetas andaluzes.

Excessivamente sonhador, eu confesso-me arquiteto de fantásticas e prodigiosas edificações. Fantásticas, prodigiosas e voláteis construções alicerçadas no meu movediço imaginário, especialmente projetadas em traços delirantes para o meu mundo do faz-de-conta, onde nada conta a não ser o irrealizável…

Sonhos que porventura hei sonhado

e por desventura não logrei realizar,

são como bolhas  com o vazio inflado…

Errantes lacunas do meu passado

que o pensamento insiste em  lembrar!

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Concedo…

…que ao manter o blog abandonado, quedo-me numa angustiada sensação de que estou a entregar-me  a uma espécie de fatalismo de que tudo em mim desliza com lentidão vertiginosa  para um vazio imperscrutável. Posto que o blog tende a refletir a intimidade do meu humor em relação aos momentos que me afligem, colido com a barreira de um medo recém adquirido de expor-me. Talvez por resultado de multiplos e recentes mergulhos no universo de Pessoa, quando releio muitos dos meus textos defronto-me com estranhas e preocupantes coincidências de pensamento. Porque são textos bem anteriores ao meu aprofundamento no trabalho de Pessoa, fico desconcertado e na dúvida de se me permitirei ou não, voltar a atrever-me a exteriorizar meus loucos e belicosos tumultos íntimos.

Aaah!… Mas porque será que tenho tanto sooono?!

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