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Archive for Novembro, 2021

Promessas

Em algumas horas amanhecerá dezembro uma vez mais, sem que haja logrado realizar sequer um mínimo do tanto que a mim próprio prometi há um ano atrás. Foi um ano de períodos ruins no que concerne à minha saúde, com reações diversas, adversas, de desinteresse e apatia. Agora, eu me prometo que prometerei menos…

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Apreensão

Certa noite, acuado e apreensivo, falei em verso de “Como as Repúplicas estavam doentes”. As rimas que releio são antigas e entretanto as doenças das “Repúblicas” evoluiram para crises ainda mais agudas que podem muito bem levar ao déjà vu de tenebrosas profilaxias.

Reconheço-me acovardado, viro a página e esqueço as rimas…

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Outonada

Passou a ser por demais comum incorrer em erros e falhas os mais desconcertantes, deixando-me deprimido. Se eu já sabia por amarga experiência anterior que a minha câmera D5 falhava esporadicamente em gravar as fotos ou filmes no cartão SD, porque razão eu voltei a instalar a coisa no slot? Porque não deixei apenas o CF?! Aconteceu de novo na fria noite de ontem: Perdi todas as fotos feitas à iluminação de Natal no centro de Lisboa! Para ilustrar o balde das lágrimas derramadas, a foto que intitulo de “Outonada”, feita na manhã de nevoeiro nas cercanias de Azeitão…

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Tagarelas

Nos meus tempos de Oilman embarcado em plataformas e navios, eu era chamado de “Mr. Quiet”, porque na hora do chá, quando rolavam ruidosas conversas com as estórias mais estranhas e hilárias, ria discretamente e ouvia muito mais que falava. É verdade que, no ambiente certo, dois dedos de whisky sempre tiveram o condão de me desatar a língua. Ainda assim, nem tanto ao ponto de virar falastrão enfadonho. Ah!… E como detesto, obrigado pela delicadeza, ficar amarrado em frente a uma pessoa que fala alto e sem parar, sobre tudo, sobre nada…

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Desde que me conheço adulto e se bem me lembro, nunca gozei de um silêncio realmente silencioso. Além do chiado permanente, que se agravou desde que o ouvido esquerdo sofreu uma lesão por agressão acústica nas minhas lides nos poços de petróleo no meio do mar, chegam-me ao cérebro a todo o momento os tenebrosos sons do silêncio. Do meu silêncio. Ruidoso, invasivo, tirano, torturante…

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Pestes

Há um ano atrás, neste mesmo dia, eu escrevi nas minhas mukandas:
“De todos os santos foi o dia de hoje. Dia tristonho, cinza, nada convidativo, que só enxerguei através das vidraças. As tiranias estão soltas por aí, um pouco por todo o lado, usando a peste em curso para dominar e manietar. A desgraça que por aí grassa só não é tão espetacular e chocante quanto o tsunami de Lisboa neste dia em 1755, porque este não é um desastre instantâneo, mas de efeito retardado em desemprego, miséria, fome e morte, que em número de vítimas não lhe ficará atrás…”
Não mudou muito o quadro, na minha pessoal análise: O dia também está tristonho, cinza, mais para a chuva. As tiranias ganham terreno com o nosso resignado beneplácito, salvo algumas manifestações pontuais prontamente reprimidas e de repercussão imediatamente desmentida pelas mídias comandadas pelos ministérios da verdade da peste política que assola o mundo que tanto desejamos livre…

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