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Archive for Novembro, 2016

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A mesa está posta, o perú assa no forno, os demais quitutes do dia estão devidamente preparados para a função, que aqui na casinha da Monica e do Oscar em Coppell, acontecerá logo mais ao cair da noite. Às nossas quatro crianças juntar-se-ão mais duas do casal de amigos que foi convidado para a tradicional ceia. A minha inesperada presença fará alguma diferença em relação aos anos anteriores.

Pelo programado nesta viagem, eu deveria ter embarcado de volta ao Rio na segunda feira passada. O voo foi cancelado e fui convocado para testemunhar testes de equipamentos que acontecerão durante a próxima semana. Por isso, o dia de ontem encontrou-me rodando de volta para Dallas pela I-45, desta vez muito congestionada pela mesma razão que aqui me trouxe.

Agradeci e assinei a toalha, deixando uma mensagem para a minha mais-que-tudo, que mais uma vez abandonei completamente só e aprisionada num apartamento na cidade de Niterói, estado do Rio (ou deverei chorar?) de Janeiro…

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De Houston

Aqui em Houston, Texas, acordo para mais um dia de trabalho que espero seja o ultimo desta missão. Não ligo a TV, para evitar escutar baboseira que tanto me incomoda. O “Homem” ganhou mesmo sendo uma completa nulidade política, ou exatamente por sê-lo? O fato de ser eu um desafeto de todos os políticos tradicionais, carreiristas de qualquer tendência, deveria até levar a regozijar-me com o resultado. Até agora, porém, na minha personalíssima análise, só posso prever um processo de impeachment antes da metade do mandato, previsão essa que eu faria de igual forma caso a dona Clinton houvesse obtido a vitória. Os dois candidatos eram completamente inadequados.
Agora enfrento ansioso o meu dia, incluindo nele as preparações para deixar o hotel amanhã cedinho e rodar os 380kms que me separam da alegria de rever meus netinhos americanos nas cercanias de Dallas…

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Fado-Canção

Meus versos em tom menor

expressam muito melhor

da minha alma os momentos

Em acordes dissonantes,

melódicos, dilacerantes,

eu disseco meus tormentos.

Meus versos incompreendidos

tão ocultos, tão sofridos,

que oprimem o meu coração

Em tom menor os componho

Em tom menor os tristonho

nesta singela canção…

 

…E agora em tom maior

eu te digo que te adoro!

Mesmo temendo o pior,

Espero pelo melhor,

no teu coração eu me ancoro…

…E se teu coração é meu porto

aberto pra me abrigar…

Exultante nele aporto,

em busca do teu conforto,

até a tempestade amainar.

 

…E em tom maior continuo

meus versos então concluo

desta singela canção…

E adormeço de mansinho,

instalado bem num cantinho,

no fundo do teu coração.

 

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Silêncio

Devo reconhecer-me silencioso demais, introvertido demais, mesmo que em alguns curtos momentos possam tomar-me por extrovertido e falador, especialmente após degustar algumas taças de um bom vinho. Avassaladora é, todavia, a sensação de impotência e completa inutilidade pessoal que se alastra e se espraia sobre mim. Todas as burradas e péssimas decisões cometidas ao longo da minha vida emergem agora, avançam e me sufocam num tsunami de merda com força descomunal. Poderá ser que toda esta autoimolação e frequência de uma espécie de ato de contrição, estejam a aflorar por resultado do recente passamento de pessoas queridas da família e de algumas proeminentes personalidades de idades tão próximas à minha própria idade, que acabo dando por mim “numa linha de frente” para abotoar o paletó.

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