Os cabelos seguiram em crescimento aqui no hemisfério norte, no exato ritmo do habitual em latitudes abaixo do equador. Gosto de usar o cabelo curto e que mo cortem e ajustem empregando a tradicional tesoura como ferramenta, no lugar das tosqueadoras modernamente em uso. Vagueando desacompanhado por um centro comercial, deparou-se-me um belo salão, grande, de nome sugestivo; Através das vidraças, observei os profissionais, que trajavam a rigor seus uniformes sugerindo sofisticação, prestígio e competência. Depois, descobri uma tabela de preços surpreendentemente convidativa. Convencido, entrei finalmente, no que fui recepcionado por um dos bem trajados fígaros e imediatamente conduzido à modernosa e cômoda poltrona. Aos costumes, eu disse querer “curtinho, por igual, cerca de metade do volume existente”. Anuíu o mancebo e, antes que piscasse meus olhos, usando uma daquelas brilhosas tosqueadeiras, abriu-me uma picada até ao alto da cabeça! Perdi o fôlego, engoli em seco e comecei a suar, maugrado a perfeita climatização. O estrago estava feito – nos tempos da Escola de Aplicação Militar, chamávamos esse estilo de “ECA”. Com estômago revolvido, paguei e agradeci, como se brindado houvesse sido pelo mais elevado nível de serviço já experimentado na minha vida…